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Portugal: 6ºF (S. Pedro da Cova) - Cartão 11

por agrupamentodeescolasdespedrodacova, em 29.05.18

- Ok, eu ajudo-te, mas ainda não te posso dizer o local exato.

- Mas como vou encontrá-lo se não me dizes onde está?

- Calma! Terás desafios!- Exclamou o Corvo Negro.

- Estou farta de desafios!- Gritou furiosa a Leoa Vermelha. E deu um pontapé numa rocha. De repente, apareceu um pequeno ser do tamanho de um polegar: um Homúnculo. Este ser tinha um corpo extremamente pequeno e umas mãos e pés do tamanho de um ser humano adulto. Tinha dificuldade em mover-se pois arrastava as mãos.

- Olha! Um Homúnculo! – exclamou a Leoa Vermelha.

- Como sabes? - perguntaram ao mesmo tempo o Corvo Negro e o próprio Homúnculo.

- Em tantas aventuras que vivi, ouvi relatos sobre esses seres. São experiências falhadas dos cientistas.

- Eu sou o único sobrevivente. Não me façam mal. – pediu ele.

- Queres vir connosco, numa importante missão?- convidou-o a Leoa Vermelha.

- Sim!- respondeu o Homúnculo, subindo para cima da Leoa Vermelha.

Seguiam os três, quando subitamente, surgiu um disco voador descontrolado, bem na frente deles. De dentro ouviu-se uma voz estranha:

- Bip! Bip! Bip!Bip!Bip!Bip!

- Alguém precisa de ajuda!- exclamou o Homúnculo.

- Como sabes?- perguntou a Leoa Vermelha- Tens algum tradutor incorporado?

- Sim, um dos meus poderes é traduzir todos os idiomas.

Com a sua cauda, a Leoa Vermelha estacou o disco voador. Do seu interior saiu um ser roxo com olhos pretos: um alienígena. Este desatou a falar. Entretanto o Homúnculo traduzia.

- Sou o alien Zony Zubi. Obrigada por me libertares do disco voador. Estava possuído e a controlar-me. Não percebo o que se passou, mas penso que se quiseram livrar de mim. Eu opus-me ao ataque ao Chaka-Al! Fui o único a fazê-lo.

- Chaka-Al?!!!! Conhece-lo?

- Sim. É uma longa história. Há muitos milhares de anos-luz daqui, três planetas andam em guerra: Calin, Belin e Selin. Tudo por causa do talismã que dará a maior força e inteligência do Universo a quem o possuir. Esse talismã nas mãos erradas pode ser o fim de tudo.

- E onde entra o Chaka-Al?

- Chaka-Al foi o guardião escolhido para tomar conta desse talismã, mas roubaram-lho! Entretanto ele enviou robôs para o recuperarem. E conseguiu. O talismã encerra uma profecia: “Quem este amuleto possuir/ Entre o bem e o mal irá decidir.”- e dizendo isto, o alienígena desapareceu num piscar de olhos.

A Leoa Vermelha, o Homúnculo e o Corvo Negro continuaram a viagem. Ao fim do dia, pararam para descansar e dormir. Quando acordaram, estavam num templo branco.

- Eu morri?- perguntou a Leoa Vermelha.

- Não, minha querida Leoa Vermelha! Obrigada por teres percorrido tanto caminho para me encontrares: eu sou o Mestre Chaka-Al!- disse este, de costas voltadas.

- Como sabe o meu nome?

- Eu sei quem és e o que te traz aqui.

- Eu vim entregar o talismã, a pedido de um robot.

- Esse é o talismã da morte.

- Talismã da morte ou da vida. Dependendo de quem o usa. E os alienígenas querem-no para o mal.

Entretanto, Chaka-Al voltou-se. Era jovem, alto, forte, musculoso e surpreendente. Tinha olhos azuis celestiais, cabelo azul comprido como se fosse uma armadura protetora em seu torno, um sinal de fogo na testa, sardas que se iluminavam consoante a sua expressão e uma longa barba negra.

Tinha a fama de ser muito inteligente, corajoso, sensato e simpático.

Para seu espanto, Chaka-Al perguntou à Leoa Vermelha pelas suas ervas da transformação e fez-lhe uma revelação:

- Essas ervas foram uma herança dos teus pais: um dos meus robôs e uma Leoa Vermelha. Para te servirem de proteção. Graças a elas, tu viras águia, quando precisas. Tu herdaste o pelo à prova de bala e a cauda forte do teu pai; o vermelho, a rapidez e o rugido semelhante a um trovão, da tua mãe. Os teus pais andam a proteger o mundo das invasões.

Posto isto e finalmente, a Leoa Vermelha pôde entregar-lhe o talismã, não contendo uma lágrima de alegria. Contudo, para sua surpresa, assim que o fez, o Mestre Chaka-Al quebrou-o:

- Que está a fazer? Agora não serve para nada.

O Mestre ignorou o que a Leoa Vermelha disse e, seguidamente, retirou um papel do interior do talismã, onde estava escrita a seguinte fórmula:

Uma lágrima de felicidade

Uma pena de Corvo Negro

Três cabelos de Homúnculo

Uma lágrima de espanto

 

 

 

 

publicado às 22:52



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